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08:30 às 09:30: Palestras 

  • A terapia de casal e algumas possibilidades de intervenção                 Cristina Gontijo

A Análise do Comportamento tem como base uma visão contextualiza e é assim que trabalha com a temática da terapia de casal.  Para que o terapeuta possa pensar em qualquer intervenção , deve antes de mais nada, buscar entender a historia de contingências do cliente e de seu cônjuge para entender a base dos problemas que surgem no seio familiar. Após esse entendimento, será possível pensar estratégias para que o cliente aceite aquilo que não poderá mudar no outro e compromisso com as próprias mudanças. Esse processo de aceitação e compromisso com a mudança, começa no ambiente terapêutico a medida que o terapeuta identifica na sessão comportamentos similares ao que ocorre no ambiente familiar.

  • A importância da família no processo psicoterápico  infantil  -                            Marina Nolasco e Wallana Coutinho

Todo processo psicoterápico em análise do comportamento é embasado na análise funcional que inclui colher dados, avaliar as queixas e demandas do cliente, intervir e reformular a intervenção. Isso porque a análise funcional permite identificar e prever os comportamentos que ocorrem sob controle de determinados antecedentes ou consequências.

Todavia, em atendimento infantil, há de considerar uma variável: a família, que também funciona como antecedente ou consequência dos comportamentos da criança. Eles preenchem considerável tempo da rotina da criança e são eles que modelam seus comportamentos.

A família, além de constituir parte importante da tríplice contingência é quem permite que a criança generalize os comportamentos aprendidos em terapia, por isso, sua participação no processo se torna inquestionável.

 

09:45 às 10:45 Palestras

 

Adesão ao tratamento: pesquisas e utilidade prática                                             Carolina Horta

A adesão ao tratamento vai muito além do seguimento ou não de instruções médicas, é um tema amplo e muito relevante para atuação de todos os profissionais da saúde. A pobre adesão é uma das principais razões para resultados insatisfatórios em um tratamento, podendo provocar complicações médicas e psicossociais, reduzir a qualidade de vida dos pacientes e desperdiçar recursos de saúde. Nessa palestra, serão discutidos aspectos teóricos e metodológicos à respeito da adesão ao tratamento. A palestra será dividida em três partes: (a) aspectos teóricos da adesão ao tratamento (definições, abordagens da adesão ao tratamento, variáveis importantes para se trabalhar com a adesão, fatores relacionados a pobre adesão a diversos tratamentos); (b) contribuições da análise do comportamento, pesquisas e tecnologias desenvolvidas para aumentar a adesão ao tratamento; (c) relevância prática da adesão ao tratamento no consultório particular e possibilidades do desenvolvimento de projetos para atuação do psicólogo em diversos contextos.

 

Expandindo a atuação do psicólogo: Intervenções em contextos sociais Guilherme Farnezi

A clínica em Psicologia é, certamente, uma importante parte da análise do comportamento. Entretanto, é importante conhecer o amplo escopo dessa ciência, que não se limita à prática clínica. O estudo do terceiro nível de seleção, a cultura, nos permite identificar variáveis que favorecem o surgimento, a manutenção e a extinção de determinadas práticas culturais. Esse conhecimento possibilita ao analista do comportamento intervir em contextos sociais diversos, que resultam em mudança no comportamento de grupos ou comunidades. O presente trabalho tem como objetivo apresentar o conceito analítico-comportamental de “cultura” e as principais metodologias de pesquisa e intervenção em contextos sociais.

Resiliência e Análise do Comportamento: uma reflexão sobre o fenômeno de superação através da Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR) Carolina Ferreira

Este trabalho apresenta uma breve reflexão sobre Resiliência com base na Análise do Comportamento e dos conceitos utilizados na Terapia por Contingência de Reforçamento (TCR). A adoção da TCR parte do pressuposto de que a partir de análises funcionais é possível identificar as variáveis que produzem “comportamentos resilientes” e “comportamentos não-resilientes” e desenvolver, junto com o indivíduo, comportamentos reforçadores para lidar com situações de crise. A Resiliência deve ser discutida como um processo comportamental a partir da história de contingências do indivíduo, principalmente no que se refere à construção de regras e autorregras.

 

                                          10:45 às 11:45: Palestras

Ciúme nos relacionamentos amorosos: considerações teóricas e práticas em Análise do Comportamento                                                                                       Lais Pereira

O ciúme é definido de diferentes formas, de acordo com o referencial teórico estudado. Pesquisas de cunho mentalista definem o ciúme como emoção que surge pelo medo da perda do objeto amado. Para a Análise do Comportamento, trata-se de um fenômeno subjetivo complexo, que deve ser entendido como produto da atuação da filogênese, ontogênese e cultura. 
A pesquisa que inspirou essa palestra teve por objetivo a compreensão dos determinantes do comportamento ciumento, sob a perspectiva comportamental. Realizou-se análise funcional de verbalizações, como forma de acesso a possíveis contingências ambientais presentes na instalação e manutenção do ciúme. Os resultados apontaram que os comportamentos emitidos pelo parceiro e os esquemas de reforçamento presentes na relação amorosa são essenciais para o entendimento das respostas de ciúme.
Nessa palestra, serão discutidas as contingências de reforçamento do ciúme, seus antecedentes e consequências. As discussões têm por objetivo trazer informações teóricas relevantes sobre o tema, à luz da Análise do Comportamento, além de proporcionar reflexões  sobre estratégias de manejo de comportamentos ciumentos na prática clínica.

Habilidades terapêuticas: relação terapêutica como ferramenta de mudança     Pollyanna Abreu e Ana Luiza Braga

A Relação terapêutica é vista por diversos autores da Analise do Comportamento (Sonia Meyer, Banaco, Luc Vandenberghe, entre outros) como sendo uma das principais variáveis para a mudança do sofrimento do cliente em sessão.

A relação terapêutica é considerada uma conexão intima que proporciona um ambiente seguro e acolhedor para o cliente e terapeuta. Entende-se que quanto mais fortalecida e sólida as relações maior a segurança e liberdade para testar e experimentar comportamentos de mudança. Quando se fala de uma relação terapêutica esta premissa se torna ainda mais verdadeira. Quanto mais genuína a interação, maior chances de uma construção conjunta (terapeuta-cliente) desta íntima relação. Esta aliança se concretiza em uma das principais ferramentas de mudança no setting terapêutico. Afinal, o cliente sente-se mais seguro. Além disso, o próprio ambiente acolhedor que a relação traz produz graus de alívio emocional.

Nessa palestra, passaremos pelos principais aspectos históricos do estudo da relação terapêutica na Análise do Comportamento, a definição de relação terapêutica, o entendimento dela como meio e como fim no processo de terapia; a importância das habilidades terapêuticas na relação Terapeuta - cliente, e quais habilidades são encontradas hoje na literatura da análise do comportamento aplicada.

Além disso, temos o objetivo de trazer algumas vivências que ilustram algumas habilidades terapêuticas. O objetivo é promover ao terapeuta em formação uma oportunidade de qualificação de suas habilidades e, consequentemente, melhora em sua atuação clínica.

Psicoeducação no Contexto do Transtorno Bipolar                                   Gustavo Belleza

O transtorno afetivo bipolar tem prevalência na população entre 4 a 6,5%, sendo a sexta principal causa de incapacitação no mundo. Apesar de a evolução no tratamento farmacológico ter trazido benefícios em curto prazo, tem sido apontado na literatura científica que o curso do transtorno, em longo prazo, é afetado negativamente por fatores comportamentais e sociais, piorando o prognóstico. Nesse contexto, a psicoeducação entra como um modelo de intervenção que objetiva a redução da intensidade dos sintomas e no número de recaídas, ao longo do tempo, ao fornecer, aos pacientes, informações sobre o Transtorno Bipolar, ao identificar fatores psicossociais precipitadores e desenvolver estratégias para a mudança e enfrentamento desses fatores. Tendo em vista a importância da psicoeducação no transtorno bipolar, esse trabalho tem como objetivo apresentar os aspectos teóricos, os objetivos, a estrutura e as evidências científicas da abordagem psicoeducional do transtorno bipolar, considerada essencial em todo tratamento direcionado a esses pacientes.

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